Se o Náutico conseguir reverter a desvantagem de 2 x 0 sofrida contra o Sport na primeira partida, o técnico Mazola Júnior será campeão com apenas um jogo no comando da equipe. Feito que Vanderlei Luxemburgo conseguiu quando comandou o Rubro-negro, em 2017, diante do Salgueiro. Contudo, os cenários trazem particularidades distintas.
Em 2017, num cenário atípico, as finais do Campeonato Pernambucano não ocorreram em um intervalo de até uma semana. Como o Sport estava envolvido em competições nacionais, vide a Série A e Copa do Brasil, e também a Sul-Americana, o primeiro duelo foi em maio e a volta somente em junho – mais precisamente 52 dias de uma partida para a outra.
E aí, neste intervalo entre os jogos, o técnico Ney Franco, que comandou o Sport no primeiro jogo, foi demitido depois do vice para o Bahia na Copa do Nordeste. Vanderlei Luxemburgo assumiu ainda em maio e, após nove jogos no comando do Leão, sagrou-se campeão sobre o Salgueiro em junho, com o Sport vencendo por 1 x 0.
Já o cenário de Mazola em 2024, por sua vez, é mais complicado. O primeiro ponto que difere as situações é a desvantagem que o técnico alvirrubro tem no placar. Luxemburgo assumiu um Sport que havia empatado por 1 x 1 o duelo de ida, enquanto o treinador do Timbu pegou uma equipe derrotada por 2 x 0 em casa.
Para o treinador do Sport, por sua vez, uma vitória simples de 1 x 0 bastou em 2017. Cenário que não é suficiente para o Náutico de Mazola, que terá que ganhar por no mínimo dois gols de diferença para forçar pênaltis. Caso vença por três ou mais de vantagem, aí o Timbu será campeão.
Outro tempo que diferencia os contextos é o tempo de preparação. Mazola, que chegou no Recife no fim da terça-feira, só teve três treinos com o grupo, enquanto Luxemburgo comandou o Sport em nove partidas antes da decisão.
Dificuldades à parte, o treinador alvirrubro deixa de lado essas adversidades e busca sair campeão neste sábado. A bola rola às 16h30 na Arena de Pernambuco.
Matéria: NE45. Foto: Gabriel França
