O Central volta a campo pelo Pernambucano 2024 no próximo domingo (18), às 19h, contra o Petrolina no estádio Paulo Coelho, no Sertão.
E você sabia que a Patativa já foi campeã no estádio do confronto do próximo domingo!
Em 2002, o Alvinegro de Caruaru se sagrou campeão da Copa Jarbas Vasconcelos após empatar por 0 a 0 com o Petrolina, adversário deste fim de semana.
A Copa Governador Jarbas Vasconcelos, foi uma competição estadual de futebol que ocorreu em Pernambuco em 2002. Foi organizada pela Federação Pernambucana de Futebol com a participação de 7 (sete) equipes. Sagrou-se campeã na final a agremiação esportiva Central Sport Club ao derrotar a equipe do Petrolina em dois jogos.
O nome oficial do torneio foi Copa Cidades de Pernambuco mas a competição ficou conhecida pelo nome da Taça: Governador Jarbas Vasconcelos.
História
A competição foi criada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF) em verdadeiros moldes de um campeonato pernambucano sem a participação de Sport, Náutico e Santa Cruz, que estavam se dedicando ao Campeonato do Nordeste daquele ano. Por isso a imprensa da época carinhosamente chamou o campeonato de “pernambuquinho”.
Durante 45 dias, oito equipes se enfrentaram em jogos de ida. Com os dois melhores disputando a final. Era garantido às equipes um prêmio de vinte mil reais para o campeão e dez mil reais para o vice-campeão além da bonificação pela participação no campeonato.
O time de melhor campanha na fase classificatória foi a equipe do Petrolina que conseguiu 12 pontos com 4 vitórias, 2 derrotas e nenhum empate. Já o Central só conseguiu a classificação no último jogo da primeira fase ao derrotar justamente o Petrolina por 2×0, alcançando assim 11 pontos com 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
O regulamento da competição dava a equipe de melhor campanha, a vantagem de garantir o título antecipadamente em caso de vitória na primeira partida da final, em caso de derrota ou empate, o campeonato seria decidido no campo do time de melhor campanha.
A primeira partida da final aconteceu às 16h do dia 24 de março de 2002 no Estádio Antônio Inácio de Souza aqui em Caruaru.
Cerca de 2 mil torcedores centralinos lotaram o pequeno estádio, e não foram só os caruaruenses que marcaram presença, cerca de 50 torcedores do Petrolina encararam quase 10 horas de estrada para assistir aquele que poderia ter sido o jogo do título para o Tigre do Sertão. Munidos com enormes bandeiras coloridas, um buzina ensurdecedora e até uma carranca, os petrolinenses nem pareciam minoria, a não ser ao fim da partida, quando a euforia tomou conta dos donos da casa.
O motivo de tanta alegria dos alvinegros foi uma vitória dramática que só se consolidou aos 46 minutos do segundo tempo, quando tudo parecia perdido. O Central após inaugurar o placar por meio de Sinvaldo acabara de ceder o gol de empate ao Petrolina através de Maurício, tinha dois jogadores expulsos e os que sobraram em campo estavam visivelmente exaustos e abatidos psicologicamente. Enquanto isso, o Petrolina passava pelo seu melhor momento na partida, não só pela motivação do gol de empate ou por ter um jogador a mais, como também pelas substituições feitas pelo treinador Jairo Santos que colocou os atacantes Adriano Ceará e Rodrigo Gama, e estes foram fundamentais na mudança da postura do time.
O silêncio dos centralinos e a incansável buzina dos petrolinenses anunciavam o iminente gol da virada e do título do Petrolina. Quando o árbitro auxiliar levantou a placa que indicava um minuto de desconto, ninguém no estádio poderia imaginar que naquele mínimo intervalo de tempo tudo mudaria.
Depois de escapar por duas vezes do gol que seria fatal, o Central retomou a posse de bola e, lentamente, a levou ao campo adversário. Toques de lado deixavam claro que a intenção naquele momento era gastar o tempo e garantir ao menos o empate.
Eis que a bola chega aos pés de Romildo, o capitão da equipe, e este arrisca um incrível chute de fora da área. O goleiro Cláudio do Petrolina – um dos melhores em campo- se esticou como pode, mas não conseguiu alcançar a bola que fez uma curva e estufou a rede. Um golaço que fechou com chave de ouro um belo jogo digno de uma final.
No segundo jogo da final, em 31 de março de 2002 no sertão pernambucano, o Central fechou os espaços e com um empate sem gols garantiu mais um título na sua galeria de troféus.
Participantes
AGA(Garanhuns)
Central(Caruaru)
Ferroviário(Serra Talhada)
Intercontinental(Recife)
Petrolina(Petrolina)
Porto(Caruaru)
Recife(Timbaúba)
Campeão
Central
Time-base do Campeão: Marleudo; Júlio, Welson, Nilton e Joãozinho; Romero, Sinvaldo, Claudinho (João Paulo) e Romildo; Catende e Júnior Caruaru (Antônio). Técnico: Bezerra.
Vice-Campeão
Petrolina
Time-base do Vice-Campeão: Cláudio; Paulo Sérgio, Zé Ricardo, Maurício e Henrique; Mario, Suelington, Neinho (Rodrigo Gama) e Diego Maradona; Gildenor e Erivéldon (Adriano Ceará). Técnico: Jairo Santos.
Jogos do Campeão
Central
Fase Classificatória:
1. Recife 1-1 Central – 17 de fevereiro de 2002 – Estádio Ferreira Lima, Timbaúba.
2. Central 2-1 Porto – 24 de fevereiro de 2002 – Estádio Antônio Inácio de Souza, Caruaru.
4. AGA 3-1 Central – 06 de março de 2002 – Estádio Gigante do Agreste, Garanhuns.
5. Ferroviário 0-0 Central – 10 de março de 2002 – Estádio Pereirão, Serra Talhada.
6. Central 5-1 Intercontinental – 13 de março de 2002 – Estádio Antônio Inácio de Souza, Caruaru.
7. Central 2-0 Petrolina – 17 de março de 2002 – Estádio Antônio Inácio de Souza, Caruaru.
Finais:
1. Central 2-1 Petrolina – 25 de março de 2002 – Estádio Antônio Inácio de Souza, Caruaru.
2. Petrolina 0-0 Central – 31 de março de 2002 – Estádio Paulo Coelho, Petrolina.
Campeão: Central