Libertadores: Fluminense e Boca Juniors, uma final cheia de duelos particulares

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Edinson Cavani de um lado e Germán Cano do outro, a guerra de ideias entre os cérebros Valentín Barco-Pol Fernández e Ganso-Jhon Arias e o cara a cara dos goleiros, são os duelos esperados da final da Copa Libertadores-2023 neste sábado entre Fluminense e Boca Juniors.

O ‘Xeneize’ e o Tricolor se encontrarão no Maracanã em um duelo inédito valendo a taça mais importante da América com diversos destaques, alguns deles retornando após vários anos na Europa e outros buscando dar o salto rumo ao ‘Velho Continente’.

1. Técnicos de estilos diferentes
Para começar, a partida será uma excelente oportunidade para um duelo entre dois treinadores com diferenças marcantes no estilo de jogo a partir dos elencos que possuem.

Fernando Diniz, de 49 anos, fez do Fluminense um dos melhores times do futebol brasileiro desde meados do ano passado, quando assumiu o cargo no lugar de Abel Braga. E seu sucesso foi tamanho, baseado em um jogo ofensivo e vistoso, que a CBF o escolheu como técnico interino da Seleção em julho para substituir Tite.

Já Jorge Almirón chegou ao Boca como “bombeiro” no início de abril e com uma aceitação moderada por parte da torcida. A equipe foi desmoronando devido aos maus resultados, que levaram à demissão do técnico Hugo Ibarra, e o nome de Almirón, de 52 anos, apareceu como uma das opções após o “não” de Gerardo Martino, que hoje é técnico do Inter Miami de Lionel Messi.

2. Cavani-Cano: duelo de artilheiros
Germán Cano, de 35 anos, é o atual artilheiro da Libertadores com 12 gols e receberá a Chuteira de Ouro após o apito final no Maracanã. Este número o torna inatingível para o peruano Luis Advíncula (Boca), que com 3 gols e é o único dos perseguidores na artilharia ainda na competição.

A expressão “ninguém é profeta na sua terra” se aplica perfeitamente a Cano. Depois de estrear na primeira divisão em 2008 pelo Lanús, as passagens por Chacaraita Juniors e Colón são apenas um registro em seu currículo.

Foi na Colômbia que o argentino se revelou um goleador. Depois de um 2011 apagado no Deportivo Pereira, foi no Deportivo Independiente Medellín que ele estourou. Em quatro temporadas e meia, marcou 129 gols, tornando-se o maior artilheiro de todos os tempos do DIM em 2019.

A passagem pelo México no Pachuca e no León, entre 2015 e 2017, não aconteceu como esperava, por isso voltou a Medellín para as temporadas de 2018 e 2019.

Cano foi o artilheiro dos torneios semestrais da Colômbia em seis ocasiões e o melhor jogador da liga colombiana em 2018.

Em 2020, o Vasco lhe abriu as portas para o futebol brasileiro e, em duas temporadas, marcou 43 gols em 101 jogos. Em seguida, o Fluminense o contratou em janeiro de 2022 e, desde então, já marcou 80 gols.

Seu antagonista no Maracanã será o uruguaio Edinson Cavani.

A carreira de “El Matador”, de 36 anos, é repleta de gols, recordes e títulos em todos os lugares por onde passou durante seus 17 anos no futebol europeu.

O que esperar do segundo maior artilheiro da ‘Celeste’ contra o Fluminense? Simplesmente que seja Cavani.

3. Cérebros em ação
Valentín Barco e Guillermo ‘Pol’ Fernández são os termômetros do Boca. Quando estão bem em campo, o ‘Xeneize’ é mais forte.

A construção ofensiva do time argentino começa nos pés do meia Fernández, de 32 anos. E o seu melhor complemento é o habilidoso Barco.

Fernández tem um bom jogo por dentro, com boa mobilidade, saída limpa e distribuição. Barco transita pelo lado esquerdo e, aos 19 anos, é a peça criativa de Almirón. Um jogador diferente, de quem se espera um lampejo de craque capaz de abrir o jogo num piscar de olhos.

Paulo Henrique Ganso e o colombiano Jhon Arias são os homens criativos do Flu.

Aos 34 anos, o experiente Ganso é um dos melhores meias ofensivos do atual Brasileirão, com um futebol vertical e precisão nos passes, sendo o jogador com mais assistências do time.

Arias, de 26 anos, é um atacante habilidoso que atua pela ponta direita, uma das novas joias da seleção da Colômbia.

4. Romero e Fábio: segurança 100%
Sergio ‘Chiquito’ Romero e Fábio encarnam o goleiro moderno: confiantes na baliza, com boa gestão de espaço e jogo aéreo, eficientes com os pés e pegadores de pênaltis.

O argentino, titular absoluto no gol do Boca desde janeiro deste ano, após a saída do goleiro Agustín Rossi (hoje no Flamengo) para o futebol árabe, foi um destaques que levaram o ‘Xeneize’ a avançar até a final da Libertadores.

‘Chiquito’, de 36 anos, já defendeu sete penalidades máximas na atual edição do torneio, seis deles na disputa de pênaltis nas fases de mata-mata contra Nacional do Uruguai (2), Racing (2) e Palmeiras (2).

Fábio, de 43 anos, chegou ao Fluminense em 2022 após duas décadas no Cruzeiro, com quem foi finalista da Libertadores-2009. O experiente goleiro é o jogador que mais vestiu a camisa do clube mineiro (997 jogos.

Contra o Boca, ele alcançará a invejável marca de 100 partidas disputadas na Libertadores em 11 participações no torneio desde 2001 com Vasco, Cruzeiro e Fluminense. (AFP)

Fonte: O Tempo!

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